E essa proposta do futebol argentino, hein?

Eu tenho um tio que adora a Argentina. Ele tem lá as razões dele, históricas e educacionais.

Mas com essa pataquada que estão querendo fazer com o futebol profissional de lá, é digna dos piores episódios presenciados aqui na minha querida Alagoas, acho que meu tio vai sofrer um duro golpe no seu amor. Nossa FAF (Federação Alagoana de Futebol) é prodigiosa nesse tipo de burrada.

Mas voltemos aos nossos hermanos. O porta-voz da AFA admitiu (precisava?) que isso só foi cogitado por causa da queda do River. Certo, até aí eu, apesar de não concordar, entendo. Mas ele também falou o seguinte: "Há uma sociedade que põe o dinheiro no negócio, e há clubes que necessitam do dinheiro. E também existe um Estado preocupado, porque paga 600 milhões de pesos (cerca de 250 milhões de reais) e quer, como sempre deseja um patrocinador, que os melhores estejam em campo. Assim, tínhamos dois caminhos: um é antidesportivo, que era decretar quem cairia e quem subiria. O outro é agregar todos para garantir que os melhores atores sempre estejam na tela".

Ora, será que ele percebeu a gravidade dessa declaração? Primeiro, por que se o pessoal que paga a conta, deseja qualidade, essa medida vai de encontro ao desejo deles, pois bem se sabe que  grande quantidade (no futebol, principalmente), geralmente significa baixa qualidade. Segundo, por que com essa medida, o futebol argentino perde toda a credibilidade que ainda restava (. Terceiro, por que dessa forma, com esse tipo de gestão, seria melhor entregar a administração logo aos patrocinadores, evitando assim trabalho desnecessário por parte dos "Ricardos Teixeiras" de lá.

Me resta torcer pra que exista alguém na "organização" do futebol argentino, capaz de manter as coisas como estão, e que o River mostre sua grandeza, ralando para subir de divisão no campo, como deve ser.

Meu tio agradece.